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De diarreia à anemia: conheça sintomas das doenças inflamatórias intestinais

No Brasil, a incidência de doenças inflamatórias intestinais, como diarreia e anemia, é mais alta nas regiões Sudeste e Sul, em função do alto índice de desenvolvimento humano e da urbanização. Sob tal perspectiva, o mês de maio é marcado pela conscientização sobre o diagnóstico e tratamentos dessas doenças. Conheça seus principais sintomas!

Historicamente, as doenças inflamatórias intestinais (DII) atingem mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, o número de casos novos tem aumentado e se concentra nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, em função do índice de desenvolvimento humano e urbanização — fatores que impactam, sobretudo, nos hábitos de vida da população.

Especialistas alertam sobre doenças inflamatórias intestinais
Em vista da alta incidência, o mês de maio é marcado pela conscientização dessas enfermidades. As doenças inflamatórias intestinais, representadas pela doença de Crohn e retocolite ulcerativa, são doenças imunológicas que se caracterizam por inflamação do trato gastrointestinal, de forma crônica e progressiva, com períodos de atividade e remissão.

Enquanto a doença de Crohn pode acometer todo o trato digestivo, desde a boca até o ânus, a retocolite ulcerativa é limitada à inflamação no intestino grosso. Esse tipo de inflamação pode levar a danos orgânicos, incapacidades e redução da qualidade de vida do paciente.

Causas, sintomas e tratamento
Os sintomas variam de leve a graves dependendo do grau de atividade inflamatória e de onde ela ocorre. O quadro clínico se manifesta com diarreia crônica com duração superior a 1 mês, presença de sangue ou muco nas fezes, dor abdominal, anemia por deficiência de ferro e perda de peso.

A causa das DII é complexa e vem sendo extensivamente estudada nas duas últimas décadas, o que a torna desafiadora. Fatores genéticos, imunológicos e alterações na microbiota intestinal são as principais causas das doenças.

Inclusive, outros fatores de risco modificáveis têm sido estudados como o tabagismo, redução do tempo de aleitamento materno, consumo de alimentos ultraprocessados e uso excessivo de antibióticos na infância.

“A genética contribui para o surgimento das DII em 30 a 50% dos casos, mas os gatilhos ambientais e de microbiota são indispensáveis para que as doenças se manifestem. Por isso, é importante sempre prezar por hábitos de vida saudáveis como manter a dieta balanceada, evitar uso indiscriminado de antibióticos e anti-inflamatórios e não fumar”, pontua Luísa Leite Barros, gastroenterologista do Hospital Israelita Albert Einstein.

Exames de rotina ajudam a rastrear doenças intestinais
De acordo com a médica, é fundamental estar atento à saúde intestinal, já que essas são doenças que afetam consideravelmente a qualidade de vida do paciente, ocasionando altos índices de absenteísmo, por exemplo, além de ampliar o risco para o desenvolvimento do câncer — a retocolite ulcerativa pode aumentar em 10 vezes o risco para tumor de intestino em até 20 anos.

“As doenças inflamatórias intestinais não têm cura, mas consultas com gastroenterologista podem estabelecer o diagnóstico correto de forma precoce, a partir do qual é possível definir um tratamento multidisciplinar individualizado mais efetivo e apropriado, melhorar qualidade de vida do paciente e evitar danos intestinais irreversíveis”, ressalta a especialista.

Atualmente, o rastreio das doenças envolve desde exames de sangue, como o hemograma e o PCR, exames de fezes, como o parasitológico de fezes e a calprotectina fecal e, em casos suspeitos, a ileocolonoscopia com biopsias.

Mas, Luísa admite que a medicina de precisão é uma realidade cada vez mais próxima e que deve ganhar força no estudo e tratamento das DII, assim como aconteceu com a oncologia em um passado não tão distante.

“No futuro, teremos a identificação de novos biomarcadores e da análise da microbiota que identifiquem quais pacientes são mais suscetíveis às DII, quais são super-respondedores a cada tipo de tratamento e como é possível prevenir o surgimento dessas condições”, conclui.

Fonte: Vida Saudável

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